Um teatro, uma igreja, o terreiro-mãe da São Salvador: coisas que convivem em mim e no Centro Cultural da Barroquinha, aonde vou chegando para ver Iyá Ilu.
Sinto uma opressão no peito: algo em mim parece estar sendo comprimido, suprimido, sufocado. Compreendo, depois de muita angústia, que isso tudo pode não ser nada: um nada que precisa de espaço; um nada que preciso ser.
Um corpo que se dissolve em múltiplas direções e, assim, nos dissolve junto, fazendo-nos turvos e desterrados: é assim que vivencio o que reconheço como a política fundamental do espetáculo - desterritorializar-se de um eu-tempo-espaço-definido para, então, habitar multiplicidades de ser.