São as águas de março trazendo a nossa primeira edição de 2017. Depois de um breve recesso, voltamos com fôlego renovado, todos ávidos pelos acontecimentos em teatro, dança e performance, como ávidos devem estar nossos fieis leitores à espera de novos textos.
Confesso que vi com sincero desapontamento o texto assinado por Val Souza, sob o título “ White privilege and corpos que importam: como falar de coisas invisíveis?”, publicado no número 10 da revista online Barril, que acabo de conhecer, por via de ver meu nome citado ali.
Afinal, se estamos aqui nesse evento escancarando a falência da academia em lidar com nossa presença, nossos corpos, nossas estéticas, é porque tudo que vem sendo criado e pensado por vocês sem nossa presença mostra o quanto nossos corpos são invisíveis e, para vocês, não existem.
O cineasta Caio Araujo reverbera a companhia de dança Ballet Vip. Caio tomou como provocação shows do Ballet durante o evento #B_T_VERÃO #FAROF_DA (apresentações do grupo musical B_t_pgdão, em janeiro de 2017, na praça Tereza Batista, no Pelourinho)
Dançarino: Cristian Beell
Estamos em plena Galeria Cañizares, na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia, participando, como artistas e espectadores, da VII Mostra de Performance que, neste ano, traz a temática “Performance Negra, imagem, empoderamento e dissonâncias contemporâneas”.
Loucas do Riacho, coordenada criativamente por Raiça Bonfim, não se caracteriza como uma obra de fácil acesso, e acredito ser difícil formar uma opinião estando lá apenas uma vez.
Encontro um amigo que me dá carona até o centro da cidade. Em pouco tempo estou na praça Ruy Barbosa. Dou uma volta, converso com alguns conhecidos e depois sento numa mesa para comer pastel e beber Coca-Cola.
Se, de repente, começarmos a ouvir os artistas[1] que falam e produzem arte contemporânea negra[2] em Salvador, corremos o risco de termos um dos maiores abalos sísmicos no meio artístico da cidade.
Sobre Mágico Mar O escafandro é a cidade submersa. Açolina e Espiga, as borboletas… Habitando uma ilha, das flores espremem, como os amantes, um futuro findado desde o princípio. Não…
O tom de voz de Márcio é estável e macio, soa como se sempre imprimisse uma dose de preguiça aveludada ao dito. Há uma atmosfera de calmaria a seu redor.
A partir da coluna Martin Gonçalves, do site Feminino e Além.
As coisas do mundo estão uma loucura e é quase um problema, frente à urgência geral, ainda ter de escrever sobre Henrique Wagner.