Piso as botas no pátio do Goethe-Institut, peço um quiche de alho-poró, escolho uma mesa, olho ao redor e me sinto bem cool. Sou o artista solitário. O crítico. Meu olhar é arguto e sagaz, vim de banho tomado, estou pronto para o trabalho.
Quando morei no Campo Grande escrevi uma peça que, até hoje, só uma pessoa chegou a conferir. Não tenho os critérios para saber se ela funcionaria ou não nos palcos, e confesso que nunca me esforcei muito para vê-la encenada, mas me diverti bastante escrevendo.
Eu poderia começar esta crítica dizendo: A Danação de Tristão e Isolda é a cara do Núcleo Viansatã. Sei que à primeira vista pode parecer redundante, mas estou falando do processo de construção de uma identidade estética que o grupo vem desenvolvendo desde o ano de 2009.
Considerando que a reverberação da crítica na nossa cidade ainda oscila entre o silêncio rancoroso e a histeria biliosa, decidimos escrever este humilde manual dividido em duas partes.
Recentemente o Grupo Caixa do Elefante – Teatro de Bonecos, a partir de seu espetáculo Prólogo Primeiro, fez-me reencontrar com o fantasma de Gordon Craig.
A atriz, dramaturga, poetisa, performer, e produtora Raiça Bomfim reverbera o espetáculo espanhol "El Agitador Vórtex", criação de Cris Blanco, apresentado durante o festival IC - Encontro das Artes, em agosto.
Apesar de toda a sombra lançada por seus mistérios, Salvador continua sendo uma cidade clara. Aqui, óculos escuros são imprescindíveis para evitar uma velhice precoce.
Difícil começar a escrever sobre um texto cujo autor se desconhece. Sobretudo, se o texto é uma crítica e, por isso, deva trazer em si um senso de responsabilidade e de ética em relação à obra criticada e seu autor. O anonimato,
Ah, o número sete! Não nos levem a mal, caros amigos, mas aqui reservamos algumas surpresas pra vocês. Afinal, porque diabos o espectador ou o leitor deveriam sempre ficar nos seus lugares, como se diz naquele velho ditado: “o cliente sempre tem razão?”
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