Foi a primeira vez em que me dei conta de que não saberia mais onde ele estava. E me lembrei daquela manhã em que eu lia um artigo que falava da teoria dos multiversos.
Dois jovens de Salvador seguem o rastro do Rei do pop para ver de perto as gravações do videoclipe "They don't care about us".
PAULO. Não, veja bem, não mudou muito. Eu achei estranho o povo não aparecer dando comida, mas fora isso… Tô achando tudo igual… (pausa, gracejando) Esse povo de máscara achei que fosse alguma alucinação, sei lá, da fome!
Este perfumado feminismo deixa feias manchas em uma causa que necessita de um sóbrio valor moral para se impor.
Onde os símbolos sugerem atmosferas ainda por fazer, realidades recém-intuídas e voláteis, mas de repente tornadas matéria diante de nós.
Um fluxo de consciência que prova - teoricamente - como John Currin é decisivo para o destino da política nacional (do Brasil).
No lugar de metafísica, o monopólio. No lugar da busca do sentido, produção de sentido. No lugar do reclame a soluções, proposição. No lugar de espírito, corpo. O conceito de práxis nunca teve um sentido tão violento quanto no sul global, arriscaria dizer.
Justo quando pensamos estar fazendo uma coisa sumamente importante pela vida na Terra, podemos estar contribuindo para a sua mais completa destruição.
Não estava acostumada com um andando e o outro falando. Meus homens. Era estranho. De repente, como se pressentisse algo, eu não me sentia mais tão feliz.
Notas sobre a primeira gravadora brasileira voltada para artistas trans e sobre o nome por detrás da ideia.
A conectividade agrava a sensação de isolamento, como quando finalmente saímos, vemos o vazio na cidade e dizemos: minha casa é menos inóspita que isso, vou voltar para dentro.
O pensamento, matéria coletiva e, por isso mesmo, diversa, faz com que as nuvens tenham diferentes colorações de acordo com os elementos que as formam.
Pelos mistérios da fé da ficção, é a realidade que não importa. Não importa se as histórias que Jeanine diz ter vivido são verdadeiras ou não.
O canção é uma parceria entre Mateus Dantas e o veterano compositor Roberto Araújo. “A música nasceu a partir da sensibilidade de olhar o outro: o outro descartado, abandonado, desprezado,…
Nasci, como ouviste, na multidão. Isso gerou em mim uma completa afeição por esse modo de vida, somado a uma aversão quase intransponível à solidão e às cenas rurais.
A crítica, seja ela cruel, apaziguadora, ácida, violenta, elogiosa, entusiasmada, apaixonada ou branda, deve ser sempre a expressão de uma cisão, e nunca de uma adesão. A adesão não constrói a negatividade essencial ao pensamento crítico.
Seu Bomfim também é sobre o tempo e sua impiedade, é sobre caminhar entre ruínas, estar na terceira margem, onde não há ancoragem possível.
Todo cidadão do nosso país não somente maldiz o presidente e a família presidencial mas, secretamente, também fantasia a morte deles todos, é tudo o que digo a meu amigo, por mais abalados que digam ficar quando alguém confessa essa fantasiação.
Vistas juntas, Bergman e Fischer fazem um contraste luminoso de matéria e espírito.
As solidões da infância, sejam físicas ou metafóricas, são um terreno árido que demanda muitas águas. E estivemos, nós adultos, todos nele, inevitavelmente.
É impossível passar incólume à leitura ao revés que Morrison faz do mito da torre de babel, quando ela diz que nunca estaríamos prontos para ascender ao paraíso com uma única língua, ou seja, sem a diferença, sem conhecer o Outro, sem viver a dissemelhança, a diversidade, a heterogeneidade, e que talvez o paraíso se encontre justamente aí.